quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Procurando emprego


Decidi procurar um emprego mais técnico, de forma a me atualizar na prática sobre as novas tecnologias na minha área de atuação. Eu sei que no Canadá não irei arranjar um emprego "de chefe", portanto é melhor botar a mão na massa de novo. Além disso, é o tipo de trabalho que eu realmente gosto de fazer.

Outro ponto é que desde 1996 eu não "garimpo" um emprego. Fiquei naquela empresa até 1999 e desde então todos os meus empregos foram por indicação.

O primeiro passo foi atualizar meu currículo. A última versão que eu tinha feito ainda tinha um enfoque "de chefe", portanto precisei refazê-lo com um enfoque mais peão "trabalhador". Após umas três versões diferentes eu ainda não estava satisfeito e, como citei na postagem anterior, li um livro sobre a confecção de currículos.

Fazer um currículo é um exercício de auto análise: O que realizei? Por que isso é importante para quem vai ler o currículo? O que vale a pena citar e em qual profundidade? NO QUE EU SOU REALMENTE BOM? O que eu tenho que é mais valioso que o dos meus concorrentes?

Consegui redigir as partes mais críticas e atualizei meu currículo em um grande site de empregos. Amanhã fará uma semana que comecei a responder anúncios do site. Até agora respondi a 18 anúncios, mas só hoje tive meu primeiro retorno. Ainda bem, porque eu estava ficando estressado de não ter respostas.

Outra dúvida crucial é: Quanto eu vou pedir de salário? Se eu pedir muito, posso acabar "acima do mercado" e não conseguir um emprego. Se for pouco, posso estar me vendendo barato. O problema é que normalmente o salário é perguntado antes da entrevista. Para responder cada anúncio de emprego neste site é necessário preencher um questionário. A maior parte deles tem a questão: "Qual sua pretensão salarial? Não responder 'A combinar'". Decidi, na grande maioria das vezes, não responder um valor, mas colocar algo mais genérico que signifique "a combinar".

Para mim, o salário é um fator que depende de muitas coisas: Qual o cargo, as responsabilidades, o tipo de trabalho, a carga de trabalho, a necessidade de disponibilidade, a localização da empresa, se vou trabalhar em um lugar fixo ou visitar clientes, se preciso usar meu carro, etc. Além disso, também existe o salário indireto: Vale refeição, vale alimentação, participação de resultados, etc.

Ainda estou dando uma polida no histórico, mas pretendo ter o texto definitivo em breve. Não aguento mais escrever currículo!!!

Amanhã terei minha primeira entrevista em uma empresa de seleção. Se der certo, depois farei outra na empresa que realmente possui a vaga. Agora é só torcer!

Eu li... "Ace the IT Resume"


Eu procurava um livro com dicas sobre currículos e encontrei este, específico para a minha área (Informática).

O livro é de 2007, mas eu desconfio que seja uma versão requentada da edição de 2001. Os comentários sobre o mercado de trabalho são pré crise de 2008, mas o objetivo continua o mesmo.

O livro examina cada parte do currículo e dá dicas como abordá-las. Os exemplos são sempre na área de TI, o que torna os conceitos mais familiares. Depois dá dicas sobre o que fazer com situações atípicas (períodos parados, mudança de profissão, etc). Também possui dicas sobre formatação true type e ASCII
e possui um apêndice com exemplos de anúncios e currículos.

Ele também possui um capítulo sobre cartas de apresentação. Eu não o li, pois não usamos isso no Brasil. Entendo que no Canadá será útil.

Um ponto que achei fraco é que ele poderia ter mais exemplos. Normalmente só há um exemplo de cada situação.

A minha avaliação é que supriu minhas expectativas.

sábado, 15 de outubro de 2011

Moradia pré-imigração

Minha senhoria decidiu vender o apartamento ainda este ano. Nós tínhamos combinado que eu poderia ficar até imigrar, contanto que a avisasse com dois meses de antecedência.

Como ela quer os ovos e o omelete, vai deixar para pedir para eu sair quando ela conseguir vender. Eu espero imigrar em março, portanto terei potencialmente quatro meses sem ter onde morar. Até o meio de agosto eu tinha uma moradia backup, mas autorizei outra pessoa morar lá. Duas semanas depois,  nas vésperas da minha viagem, fui informado desta reviravolta de planos. O lugar tinha ficado uns três anos desocupado. Que azar de timing!

O problema é alugar um lugar por tão pouco tempo: Não acredito que alguém desconhecido irá alugar para mim por tão pouco tempo. Portanto, terei que fazer um contrato normal e potencialmente pagar a multa rescisória. E quanto menor o período que eu ficar, maior a multa! O pior é que eu tinha pensado nisso em março deste ano e a proprietária tinha dito que tinha desistido de vender e que eu poderia ficar. Quem manda ser crédulo?

Até tenho algumas pessoas que poderiam desocupar um quarto na casa delas e nos acolher, mas acho abuso ficar tantos meses. Além disso, minha mulher iria me enlouquecer.

Uma possibilidade é apostar que ela não consegue vender até lá. Seria o melhor cenário, mas se ele não acontecer, ficarei em uma situação pior ainda.

Outro grande agravante é que mudar de casa dá um trabalho enorme: Garimpar outro lugar, negociar contrato, fazer a mudança e fazer a alteração de endereço em todos os lugares importantes (Consulado do Canadá, banco, cartões, etc). Este tempo poderia ser bem melhor empregado.

O que realmente me enlouquece é a indefinição de datas: Um dia o apartamento será vendido e um dia o visto vai sair. Quem consegue se planejar deste jeito?